
" A Trajetória de Loris Kraemerh", a menina rica que perdeu tudo, morou na favela e sofreu violência doméstica até se tornar uma top internacional '
Uma menina linda de origem humilde, descoberta por acaso pelo mundo da moda. Resumir a história da Brasileira Loris Kraemerh assim, como acontece com a maioria das nidekism seria uma simplificação extrema diante do drama pessoal vivido pela top até conquistar as capas das revistas e os editoriais de moda mundo a fora - como este ensaio foi feito em Nova York. As dificuldades começaram cedo para Loris, de 19 anos .
Ela nasceu prematura depois que sua mãe, com 15 anos, se sentiu mal em pleno voo de um helicóptero pilotado por seu pai. " Minha mãe era muito nova e não sabia que estava grávida. Meu pai pousou as pressas e nasci em um hospital em Sorocaba ( interior de São Paulo , aos cinco meses e meio", A bebê, claro, tinha poucas chances de sobrevivência, mais depois de três meses na incubadora, recebeu alta sem nenhuma sequela. Passado o susto, ela teve uma vida confortável, cheia de brinquedos, viagens, e estudando em uma excelente escola. Até os 9 anos de idade.

Ironia do destino, o pai perdeu o emprego e se deixou levar pela bebida. Começavam as inconfortáveis cena de violência doméstica. " O alcoolismo do meu pai estragou tudo. E a minha mãe não era fácil, ela me batia muito", diz a modelo que, além de encarar a separação dos pais, teve de se acostumar a uma vida bem diferente, em uma favela na Capital Paulista.
" Minha mãe estava grávida de 9 meses e nos mudamos com a roupa do corpo. Lembrio que eu trouxe uma ( boneca ) Barbie escondida. Não tinhamos o que comer e presenciei desde pessoas sendo mortas até mesmo a venda de drogas na favela. Não podiámos nem abrir as janelas de casa", relembra.
Sendo a filha mais velha, Loris teve de trabalhar ainda criança para ajudar no sustento de sua família. " Comecei como estoquista de loja. Como não aparentava meus 9 anos por causa da minha altura, consegui o emprego." Ela caminhava as 5h da madrugada, nove quilômetros para comer a merenda da escola pública e voltava tade todas as noites. O alento era dado pelas tias da modelo, que muitas vezes entravam a força na casa para salvá-la, e aos irmãos, das surras da mãe. O padrasto, com 21 anos, na época, também defendia as crianças.
" Hoje em dia tenho dois pais que eu amo muito", afirma a top que no mês de agosto reencontrou seu pai biológico depois de 11 anos. Ela conta como tudo aconteceu : " Procurei meu pai em todas as redes sociais da internet. Um dia minha avó me achou na lista de contatos dele e escreveu : ' Não sei se você é minha neta. Se for, a vó tá morrendo de saudades"". O encontro, depois da Semana de Moda de Nova York, foi emocionante. "Conversei com meu pai, entendi que ele fez tudo aquilo porque estava doente e o perdoei", relata. Com a mãe, Loris ainda tem uma relação conturbada. Com a mãe, Loris ainda tem uma relação conturbada. " Ela me expulsou de casa e tem muitos problemas psicológicos. Mas não a culpo, embora seja difícil esquecer todas as surras que eu levei", desabafa.
. Novos ares
. Aos 15 anos, a sorte da adolescente virou quando ela entrou em um processo seletivo para modelos. " Nunca foi um sonho. Mas minha mãe estava desempregada, meu padrasto era caminhoneiro e quando vi que não tinha comida em casa... Fui a única escolhida pelo olheiro e, quatro dias depois, já estava trabalhando", conta.
Com o tempo e o trabalho, Loris conquistou a capa da Vogue Itália e deslanchou .
" Hoje me sustento, comprei meu apartamento em Nova York e sou feliz como modelo. Tenho muitas amigas que eu amo. Gostamos de ir ao Farofa, um bar brasileiro em Nova York, onde tomamos caipirinha e comemos pão de queijo", diverte-se.
Dona de longos cabelos loiros, olhos verdes, e corpo impecável, nutre um sonho de menina para o futur: " Quero viver um grande amor e ser mãe. vou tratar meus filhos com respeito, como eu gostaria de ter sido tratada" .
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Beijinhos Larissa :*